terça-feira, 12 de março de 2013

A história da obsolescência programada



O documentário espanhol Obsolescência Programada, lançado em 2010 na Europa, chegou apenas neste anos aos Estados Unidos, com o nome de The Light Bulb Conspiracy (A Conspiração da Lâmpada, em inglês). Sua diretora, Cosima Dannoritzer, foi à América para divulgar e apresentar sua obra em festivais. Apesar de não ser um filme inédito, retoma-se a discussão de seu tema principal: a indústria determina duração curta para alguns produtos com o objetivo de estimular o consumo das versões mais atuais.

Basta pensar na seguinte situação, bem recorrente: seu aparelho de DVD quebra; você o leva para o conserto, mas o orçamento fica tão caro que vale mais a pena comprar um novo! O motivo de o equipamento antigo ficar obsoleto? Como mostra o Obsolescência Programada, ele chegou ao limite programado pelo próprio fabricante.
O documentário começa apresentando o que ocorre com a indústria de lâmpadas. Na década de 1920 cada uma durava 2500 horas. Hoje elas aguentam, em média, cerca de 1000 horas. Essa diferença aconteceu porque os fabricantes acordaram que elas deveriam “morrer” mais rápido para que os consumidores precisassem comprar mais. Há também exemplos sobre:
- impressoras que registram a quantidade de páginas que imprimem e param de funcionar a partir de um número determinado de impressões ou
- meias-calças produzidas com fios de baixa qualidade, depois de sua fabricante ter confeccionado um tecido altamente resistente, para que as mulheres comprem o artigo com frequência.
Além de estimular um ciclo vicioso de consumismo, a prática causa problema ambiental e social. Os objetos obsoletos, principalmente equipamentos eletrônicos, são jogados fora de maneira incorreta – o certo seria enviar para a reciclagem – e acumulam-se em lixões, contaminando o solo. Cada nova produção exige mais consumo de recursos naturais, como água, minérios e árvores. Outro agravante é que algumas pessoas desempregadas se submetem a ir até os lixões ilegais para encontrar metais valiosos que compõem os eletrônicos – como prata, ouro, cobre, paládio -, mesmo que em pequenas quantidades, e vendê-los.
O filme está na internet. Assista abaixo e responda: você pensa em toda essa história antes de comprar um novo eletrônico? O documentário fez você refletir sobre os próprios hábitos de consumo?


Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/filme-obsolescencia-programada-explica-por-que-produtos-tem-vida-util-curta/


A História das Coisas



A História das coisas, relata as cincos etapas da economia de matérias: a extração, produção, distribuição, consumo e tratamento do lixo. Isto tudo é um sistema em crise, já que todas as etapas deste sistema, interage com a vida real, e essa vida acontece em sociedades, culturas, economias e no meio ambiente; e no meio dessas etapas a vida vai se chocando com os limites. Em um documentário claro e objetivo, o vídeo nos leva diretamente ao ponto: como colaboramos diariamente para destruição do nosso planeta. No mundo em que vivemos hoje, a sociedade só pensa no consumo, mais esquecem que a industrialização contribui e muito para a poluição. Todos os produtos em nossa vida, afetam nossa comunidade. História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.


segunda-feira, 11 de março de 2013

A ideologia e o patriotismo por trás dos super-heróis




Você viu o filme "Capitão América - O primeiro vingador"? Pois é, em três outros países o nome do filme é outro, você sabe por que?

Criado nos Estados Unidos em 1941 para lutar contra os nazistas, pelo menos na ficção, o Capitão América  foi o maior de uma onda de super-heróis surgidos sob a bandeira do patriotismo estadunidense. Contudo, seu novo filme lançado no Brasil dia 29 de julho de 2011, também foi lançado na Rússia, Ucrânia e Coreia do Sul, mas apenas com o nome de "O Primeiro Vingador". Os estúdios Marvel e Paramount, responsáveis por sua produção, deram a opção aos mercados estrangeiros de usarem os nomes "Capitão América - O Primeiro Vingador" ou somente "O Primeiro Vingador". Os estúdios se negaram a comentar o motivo de os países terem escolhido o outro nome, mas, de acordo com o site da revista "Hollywood Reporter", é provável que a escolha tenha levado em conta razões culturais e políticas.

     
Alguma semelhança entre o escudo do Capitão América (a esquerda) e o símbolo da Força Aérea dos EUA (USAF - a direita)?

Veja outro exemplo de patriotismo estadunidense presente em filmes e desenhos: em 1943 (mesma época da criação do Capitão América) o curta-metragem de animação Der Fuehrer's Face (A face do Führer) produzido pelos Estúdios Disney e protagonizado pelo Pato Donald, satirizava (até porque o Pato Donald não é um super-herói para combater alguma coisa) a Alemanha nazista de Adolf Hitler e exaltava os ideais de liberdade defendidos pelos EUA. Ele venceu o Oscar de melhor curta de animação e foi eleito o vigésimo segundo melhor curta de animação da história do cinema estadunidense de acordo com o livro The 50 Greatest Cartoons.

Assista à animação Der Fuehrer's Face e preste atenção na mudança ideológica que ocorre a partir dos 7min e 12s.




Mas o que isso tudo tem a ver com Geografia?

Popeye come espinafre (Dólar), fica forte
e bate no Brutus (a crise de 1929)


A ideia fundamental por trás desses filmes e desenhos carregados de ideologias é a de imperialismo. Basicamente, imperialismo é uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras. Por isso, os três países mudaram o nome do filme do Capitão América! Considera-se os EUA a nação mais imperialista existente, contudo, sempre que existir algum tipo de relação de poder (econômico, cultural, científico, tecnológico etc.) haverá um povo, uma nação, tentando se impor sobre outros. O Brasil mesmo já foi acusado pelo Paraguai de ser imperialista (leia o caso aqui).Em relação aos heróis (como o Capitão América) e outros personagens (como o Pato Donald), eles surgem em momentos específico da história de uma nação (como uma crise econômica ou uma guerra) para alimentar o ego do povo ou satirizar seus inimigos. O marinheiro Popeye, por exemplo, surgiu como um incentivo à superação da grande crise econômica de 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova York. A função do herói é nos salvar da realidade. Eles são arquétipos - símbolos universais que significam a mesma coisa em todas as culturas - das nossas necessidades de justiça, correção, força, invencibilidade. Como o Capitão América que, representando os EUA, salvaria o mundo dos nazistas.


sábado, 2 de março de 2013

A queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética


Os vídeos postados são reportagens do Jornal Nacional que retratam dois momentos históricos: a queda do Muro de Berlim, em 1989 e o fim da URSS, em 1991. Eles nos ajudam a compreender as transformações geopolíticas, econômicas e sociais que foram desencadeadas neste período.




Mapa Interativo

O IBGE lançou um banco de dados sobre 192 países. Na homepage do instituto foi criado o link Países@, um mapa interativo com informações demográficas, econômicas e geográficas de todos os países reconhecidos pela ONU. Uma ótima fonte de informação e pesquisa.

Clique no endereço abaixo para acessar.

Guerra Fria: EUA X URSS


A tensão entre o capitalismo norte-americano e os ideais socialistas sempre existiu, mas o período que marcou definitivamente esse conflito foi a chamada Guerra Fria, geralmente datada entre 1947 e 1991. O vídeo retrata essa  época de medo e ansiedade no mundo inteiro, em que a estabilidade política e militar era sustentada por uma fina linha, num embate velado entre duas potências.

Visitem: "Como tudo funciona"


Um site para alimentar seu espírito de curiosidade. 

200 países, 200 anos em 4 minutos


Através de uma linguagem visual, o professor sueco Hans Rosling, apresenta um conjunto de informações de uma forma mais interessante e didática. Ele utiliza recursos de animação gráfica e mostra como se deu o desenvolvimento de 200 países durante 200 anos em 4 minutos.

Os Jogos Olímpicos e a Guerra Fria

No final de 1945, a Segunda Guerra Mundial acaba. Após longos 6 anos de conflitos e 60 milhões de mortos, a paz, em nível aceitável, voltava ao globo. Após esse conflito, duas superpotências emergiram: Estados Unidos, o gigante capitalista do Oeste e a União Soviética, o gigante socialista do Leste. Assim como a mídia e a política, os Jogos Olímpicos não ficaram de fora desse embate. Nesses posts, abordaremos todos os casos que envolvem Olimpíadas e Guerra Fria à exceção dos boicotes de 1980 e 1984, que por serem os maiores, receberão textos mais detalhados.

- Helsinque, 1952: A União Soviética participa pela primeira vez dos Jogos Olímpicos. Alegando insegurança para seus atletas, o país ficou em uma vila olímpica separada de todos os outros países. O grande destaque veio na ginástica olímpica: os soviéticos ganharam a primeira de suas oito medalhas de ouro. A Alemanha foi outra que deu as caras novamente, só que apenas o seu lado Ocidental – e capitalista – pôde participar. Conquistaram 24 medalhas, porém nenhuma de ouro.

- Merlborne, 1956: Egito, Iraque e Líbano não compareceram aos Jogos em protesto a invasão do Egito por Inglaterra, França e URSS após a nacionalização do Canal do Suez. A invasão da URSS à Hungria, durante a Revolução Húngara de 1956, levou ao boicote de Espanha, Suíça e Holanda. As duas Alemanhas disputaram a Olimpíada como equipe unificada, arranjo que durou até os Jogos de 1968. No quadro geral, a URSS superou os americanos e empatou no quadro histórico.

- Tóquio, 1964: A África do Sul é impedida de disputar os Jogos devido ao regime do apartheid – tal bloqueio é revogado em 1994. Em 19 anos, de destruído a país-sede de Olimpíadas: esse é o Japão de 1964.


- Montreal, 1976: A República Popular da China e a República da China – Taiwan – após uma série de incidentes em Jogos anteriores, boicotaram a Olimpíada canadense devido às confusões quanto a legitimidade de cada uma delas. Logo após os Jogos, o COI considerou a República Popular da China o representante legítimo. Os países africanos não foram para o Canadá pelo fato do time de rugby da Nova Zelândia ter jogado com a África do Sul naquele ano. O COI não excluiu o país dos Jogos, o que levou o continente africano ao boicote.

- Moscou, 1980: Além do boicote causado pela invasão ao Afeganistão pela URSS, Taiwan boicotou a Olimpíada russa por causa do reconhecimento da República Popular da China como representante legítimo do país, em 1976.

- Los Angeles, 1984: Além do boicote do bloco socialista, Irã e Líbia boicotaram os Jogos, alegando razões políticas.

- Seul, 1988: A Coreia do Norte boicotou esses Jogos devido aos conflitos históricos com a Coreia do Sul e devido ao COI não ter concordado em transferir a sede de alguns esportes para o país do norte da Península. Em solidariedade, Cuba, Nicarágua, Etiópia e Madagascar aderiram ao boicote. Albânia e Seychelles não foram para a Coreia do Sul, porém não alegou ter boicotado os Jogos, como forma de evitar as possíveis sanções por isso.

Fonte: http://www.surtoolimpico.com.br/2012/03/os-jogos-olimpicos-e-guerra-fria.html

A invasão Nazista e a retomada da Europa pelos Aliados



Vídeo ilustrativo onde você poderá entender as invasões Nazi-Facistas na Europa, Ásia e África e a retomada do poder pelos Aliados.